sábado, 10 de janeiro de 2009

Santa Maria da Feira: Hospital de S. Sebastião foi exemplo para o país

Criação do Centro Hospitalar do Entre Douro e Vouga visa integrar as melhores qualidades dos hospitais da Feira, de S. João da Madeira e de Oliveira de Azeméis


A ministra da Saúde, Ana Jorge, sublinhou que o Hospital de S. Sebastião de Santa Maria da Feira poderá transmitir as suas experiências e conhecimentos aos seus congéneres hospitalares de S. João da Madeira e de Oliveira de Azeméis e, dessa forma, contribuir para a plena implementação de um Centro Hospitalar do Entre Douro e Vouga (EDV) de grande qualidade.

Registe-se que a governante, que abrilhantou ontem o final das celebrações pela primeira década de vida do Hospital feirense, vincou a utilidade futura da nova estrutura já decidida pelo Executivo – para a qual não apontou, porém, uma data para a entrada em funcionamento -, referindo que servirá para melhor “articular os recursos” existentes nos três hospitais, que também servem as populações dos municípios de Arouca e de Vale de Cambra.

“O Centro Hospitalar contribuirá para aumentar o acesso dos utentes aos cuidados de saúde”, previu a ministra, contabilizando, já, “ganhos” futuros, nesse domínio, para a região. Sobre o trajecto do Hospital de S. Sebastião, Ana Jorge salientou que, em 10 anos, “afirmou-se, a nível regional e a nível nacional, como uma unidade de especial qualificação”.

E disse ter nela constatado uma especial vontade de assegurar um futuro promissor. Deu o exemplo da “requalificação, empreendida, do serviço de urgências médico-cirúrgicas”.

A ministra da Saúde também enfatizou o facto do Hospital da Feira ter sido pioneiro, assumindo-se, desde a hora inicial, como Entidade Pública Empresarial (EPE). “Serviu de inspiração”, fez notar, constatando que, depois dele, muitas outras unidades hospitalares lhe seguiram as pisadas, adoptando gestões de carácter empersarial, mas com um fim público. Ainda no domínio da articulação com as outras estruturas de saúde da região, Ana Jorge referiu que, no concelho de Santa Maria da Feira, foi possível obter uma redução de 15% na ocorrência aos serviços de urgência do S. Sebastião, devido à multiplicação pelo Município de Unidades de Saúde Familiar (USF), que têm assegurado os cuidados de saúde primária.

Por seu lado, e tendo historiado o processo de constituição do Hospital, Fernando Silva, o respectivo presidente do conselho de administração, enumerou os aspectos em que a sua unidade foi inovadora no quadro hospitalar do país. Nomeadamente, destacou a organização das equipas médicas do serviço de urgência; a organização dos blocos operatórios; a monitorização da qualidade dos cuidados de saúde; e o desenvolvimento de um processo clínico electrónico. “Estamos optimistas e entusiasmados com o futuro”, vincou, por sua vez, Piedade Amaro, a directora clínica. Disse encarar a constituição do Centro Hospitalar do EDV como uma “nova oportunidade”.

Em concreto, realçou “ver” a nova estrutura como um meio de concentração de recursos, quer técnicos, quer humanos, que serão colocados à disposição das populações. Salientando que os profissionais do S. Sebastião estão “satisfeitos, mas não acomodados”, a directora prevê uma “melhoria contínua” do desempenho.

Redefiniu a missão do Hospital em termos do “exercício de uma medicina moderna, que possibilite aos doentes os cuidados de saúde mais adequados, num ambiente seguro, minimizador de complicações, respeitador dos princípios da equidade, dos valores dos doentes e suas famílias e dos princípios éticos em Medicina”.

Alberto Oliveira e Silva
in http://www.diarioaveiro.pt/main.php?srvacr=pages_13&mode=public&template=frontoffice&layout=layout&id_page=5601

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